segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Bilhete Rescaldante















Rescaldos do Carnaval Praiano de 2008

Os feriados são dias bestiais para quem souber programá-los com antecedência. É das melhores coisas deste mundo. São dias consagrados ao descanso, ao pijama, ao fato de treino, à passeata, à praia, a afazeres domésticos, aos cafés/restaurantes e gelatarias, ao abripititi, (receoso boto leitura, Net e compor) enfim, mais do que ninguém neste planeta, o santiaguês consegue imaginar éne hipóteses para estes dias.

É só sair de manhã e ver pelotões de todos os sexos a rodarem no calçadão, amigos e vizinhos inteiros de fato de treino no seu favorito três km e meio, para garantir a forma de uns, outros (as) derretendo “tui” inimigo ao direito a um corpinho romântico.

Confesso que me interrogo bastante em relação às modas actuais. Se por um lado acho pena que, aqui, é moda mascarar-se todos os dias, (muito poucos se desmascaram pelo Carnaval), por outro tive grandes alegrias em topar que pelo Carnaval as meninas do povo são mais lindas desmascaradas do que as que de “feixon” em riste, mascarando todos os dias.

Falando em desmascarar no Carnaval, faltante, é de facto a coadjuvação das nossas kokeluxes e Kopu leti da capital a abanarem-se ao som da batucada na avenida, amalgamando-se, humedecidas, juntamente com os foliões.

Acaba por ser competente celebrar apaixonadamente a sabura do Carnaval e fartura das Cinzas.
O Carnaval deste ano foi muito mais rico, curioso, engraçado e tradicional. Não é que um cortês cão-cidadão-solitário, desfilou ao som de trompetes, tambor e búzios, sem pressas, aí toda a gente curtiu, jamais perturbado pela agitação e risada dos presentes.

Confesso que gostei mais deste Carnaval do que os anteriores. O Carnaval da Praia é Nháku. É um brincar desregrando no máximo o normal, e Cinzas é comer fora do normal. Como è fixe normalizar o anormal. Aconteceu. Praia teve pinta. Bem longe dos custos astronómicos ficou. Aqui os cenários fundiam-se com nós mesmos. Espectáculo. Foi Nhaku ver Animadores, Câmara Municipal, Parabólica, Boeing 747, Memorial ao Emigrante, Bandeira da Independência, Jorro de Água, Trapiche, Garrafão de Grogue, Reis e Rainhas apeados no meio do grande público, curtindo aí como mandam as regras. Háku sábi! Bali, ben baledu.

Não sei mais o que poderia ter sido dito do Carnaval Praiense se Afro-Abel-Djassy foi o premiado. Sem saber se implicâncias secretas não tiveram o meu artigo junto dos jurados, e ansioso fico pela desmascaração..... talvez, no ano vindouro.
Se houve ou não Carnaval para todos os gostos, saberemos em 2009 neste mesmo espaço.

2 comentários:

Anónimo disse...

Wá? Cá tinha mandinga? :oD

Anónimo disse...

Wé! Tinha sim senhor. O autor do blog considerou animadores. Mas o Gamak tinha 3o e foi que carnaval. Praia tem o seu carnaval, conforme disse o nosso grande poeta Cacá Barbosa. Este ano foi super.
Obgdª pela lembrança.

RAPIZIUS

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