quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Jon d'Ebra 1 Projecto +

O caboverdiano tem de deixar de ser carrasco de si próprio.

Aborrece-me a atitude de cabeça sem ambição e de cabeça de pobre que enferma as ilhas e muitas vezes as iniciativas dos outros, dos sonhadores e dos ambiciosos.

Li no ASemana o empreendimento para Jon d'Ebra em S. Vicente, um bom empreendimento que vai gerar muita coisa de bom para a Ilha e Mindelo. Mas os carrascos, os matadores do futuro, começam já a comentar, questionando o acesso ao lugar, o turismo interno e outras coisas aberrantes, como os impedimentos de os naturais de lá irem gastar e se divertirem no máximo. Não deixa de ser uma atitude de coitado, aquele que dorme com a cabeça por lavar, com o seu trapo, com o sovaco embutido na charneca da sua mente doentia, que só a morte é o remédio santo.

Felismente, e felizmente, há uma juventude esclarecida que já sai para muzicar na rua junto dos ouvidos moucos, que querem trabalhar, que desejam ser gente, vivendo da sua renda na su...a ilha natal e ali progredir e construir o seu futuro.

Espero que seja esta mesma juventude a fazer frente aos carrascos das iniciativas dos outros, sobretudo iniciativas que trazem valor acrescentado à vida das ilhas.

Espero que o grande empreendimento se realize e depressa, para que a cidade que me viou nascer entre numa nova dinâmica de trabalho, de rendimento, de oferta e edificação de espaços que enobrecem S.Vicente, gratificam os empreendedores, e os cidadãos de boa fé deste país.

Espero ver aviões em Cesária Évora, passageiros, taxis, gente nova, novos hábitos, vendedores, guias, casas de lazer, casas de pasto, restaurantes, ateliers de artezanato, carnaval, São Silvestre, Dia de Sâo Vicente, a movimentar dinheiro, beneficiando, também, a minha querida ilha de Santo Antão que tem muito para oferecer aos visitantes.

A minha esperança é, também, antes de morrer, ir lá conviver com o belo, desfrutar o ambiente, comer, dançar e, porque não, tocar as minhas músicas apoiado pelos belos instrumentistas de Mindelo, sem olhar para quem tem, quem não tem, cor e raça.

Não sou carrasco, nunca fui e peço aos meus admiradores e amigos que não o sejam, nunca, de ninguém e de nada... Txâ VIDA vivê... e txâ contecê!....

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Bilhete de Desabafo


                                     Bilhete de desabafo

Após a net ter regressado à minha rede deixo este bilhete de desabafo para o FalamentoBarbosa.
Ontem foi o maior dia dez deste ano na grandeza das duas horas e trinta minutos de comunicação científica do irmão Barbosa, Júnior, perante um júri de elevada craveira investigatória.

O meu irmão, o quinto da coluna Barbosa, Alberto Barbosa, júnior defendeu a sua tese de Mestrado, alcançando 18valores na escala da classificação aprovada pelos Coordenadores da UNI-CV, para este nivel de examinação.

O Estado e a Segurança Pública foi objecto de pertinente dissertação do candidato a Mestre, Alberto Barbosa, comunicação presenciada por uma grande comitiva Barbosiana e de mais de uma dezena de oficiais superiores da Policia Nacional, particulares e alunos interessados na matéria.

O leigo atento saberia entrar neste discurso académico pelo facto de a comunicação ter sido feita de forma inteligível, clara e sem palha, onde o rebuscar de informações, de factos, de comparações com outras realidades, passadas e actuais, de experiencias vividas pelo próprio, conferiram ao texto uma visão histórica e social da criação e implantação da Polícia em Cabo Verde, caracterizando o seu percurso, o seu estado actual, mas também deixando pistas de como alicerçar, cito, o orador: uma policia cidadã, defensora das liberdades e garantias dos cidadãos, mas sem deixar de ser o garante da ordem e da tranquilidade públicas. Foi deveras uma experiencia nova prenhe de ensinamentos contidos na argumentação do candidato, e nos questionamentos do arguente, Dr. Semedo, cuja pertinência das suas análises tornaram ainda mais rica a defesa da tese em Mestrado numa área pouco conhecida e de escassa documentação de estudo produzida internamente.

Como irmão mais velho da coluna Barbosa não podia deixar de vincar o quanto me senti honrado e feliz por ver a farda da polícia ostentada pelo nosso falecido pai - Alberto Barbosa - durante anos, elevar-se a este patamar prestigiante em que o Superintendente Barbosa, Jurista e Mestre em matéria de Segurança Pública, caso pioneiro, tão pioneiro quanto foi a dissertação sobre o tema a que ele propôs desenvolver e apresentar perante a competência de um respeitoso e destacado júri. Vivi momentos de muita emoção.

Quero neste Bilhete de desabafo deixar um rijo abraço ao Mestre Barbosa, uma palavra de reconhecimento à família - esposa e filhos - que foram, sem dúvidas, um grande suporte moral e afectivo, reconhecimento extensivo aos manos que de perto e de longe estiveram conectados com este dia de rejúbilo.

Do mano velho
Carlos Barbosa



RAPIZIUS

                                                                                                         MINHAS AMIZADES COM DIAHO ...