quinta-feira, 30 de abril de 2015

DIA DO GAVETA BRANCA

TEXTO DA Dra CATARINA CARDOSO

A pedido de amigos, cá está o texto da apresentação do livro "Gaveta Branca" , do meu poeta amigo Kaká Barbosa
Por onde começar senão pelo princípio e pelo fim de tudo?
.......As palavras do poeta
“Esta gaveta
É uma pátria de paciência
Uma voz que não disfarça a inconveniência
Uma luz
Que perverte por florescência
E se me questionassem :
Responderia que a música
é a plena estrada para se chegar à alma”
Numa das muitas viagens que faço com estas duas meninas, aqui sentadas ao meu lado, falou-se do kaká barbosa, logo seguido de uma afirmação clássica da minha filha “ahhhh o do livro Gaveta Branca”. Eu respondi: “-sim, esse, mas como sabes?”, (que estupidez a minha pensar que lhe tinha passado despercebido o facto do gaveta branca atrelado a mim nos últimos dois meses) ao que ela responde prontamente…”porque esse livro anda sempre ao pé de ti mãe”.
Na sequência da conversa lembrei-me de perguntar-lhes o que lhes fazia lembrar este título “Gaveta Branca”. “Quando ouvem o título Gaveta Branca de que se lembram?”
“E o nome Kaká Barbosa? Faz-vos lembrar de alguma coisa?”
“Cacao com barba”
“Sim faz lembrar noiva, nuvem, a morte de deus enterrado numa gaveta branca numa nuvem, uma senhora com um vestido de noiva a dar à luz….”
(…)
…….Na dúvida, eu fico com a pureza das crianças.
O livro e o homem em andamentos desordenados de intensidade
“E agora Catarina, estás tramada, que responsabilidade…não bastava ser um poeta, um escritor, um compositor de uma das músicas que mais te encanta em crioulo….ainda teve a traquinice de te convidar para apresentar este livro, que…também não é qualquer livro…é poesia…poesia que aguardou na gaveta…15 anos. Quem és tu catarina? …..Nada que justifique tamanha honra.”
Só um Homem-Menino teria esta ousadia. Bem hajam os homens-meninos. É uma honra. É uma emoção estar aqui fazer isto”
Do homem (Carlos Barbosa) conhecia aquilo que a opinião pública conhece e mal…defeito meu que vejo menos telejornais do que seria desejável e não presto muita atenção ao que se diz das pessoas. Os amigos brincam comigo dizendo frequentemente “mas tu……não conheces ninguém!”.
Conheço quem me interessa conhecer. Do autor conhecia a figura distinta, o estilo irreverente da boina preta, algumas das suas composições musicais e sabia que além de compositor tinha feito uma passagem pela casa parlamentar, em suma, um delinquente civilizado (como o próprio de auto-intitulou numa das nossas conversas). Confesso que desconhecia as suas publicações anteriores a este Gaveta Branca.
Graças a esse, ora santificado, ora diabolizado facebook, tive a graça de me tornar sua amiga e a partir daí poder conhecer um bocadinho do homem quase sempre numa linguagem ora poética ora crítica. Uma crítica sem grilhões, que não se atém ao politicamente correcto ou às cores políticas, características com que me identifico e que prezo.
Kada un ku si mania
Fla rodondu bira kuadradu
Kada un ku si tioria
Poi razon pendi di si ladu
Esta tarefa, de apresentar esta obra poética e o seu autor é de uma responsabilidade hercúlea.
No tempo que mediou o convite e o dia de hoje encontrei-me duas vezes com o autor. Não com a pretensão de conhecer muito ou de saber muitos pormenores da sua vida. A intenção com um escritor/poeta é talvez conhecer o mínimo possível o homem, comezinho, do dia-a-dia…
somos todos mais ou menos iguais no dia-a-dia, não somos? Somos todos humanos, não somos? Então para quê saber muitas coisas quando o que me interessava até aqui sobretudo era o poeta kaká barbosa e a a sua gaveta branca?
Certo é que nestes dois encontros, tive a confirmação das minhas suspeições- um homem livre, um homem sábio (coisa que só a idade pode oferecer a um homem ou a uma mulher), um homem apaixonado pela criação, pela causa das coisas, ora manifestada em relação à origem das palavras, ao seu significado, como se as palavras fossem entidades tridimensionais ora às outras inquietações do espírito e que perpassam esta “Gaveta Branca” .
“Gaveta Branca
Cabina Noctâmbula da palavra
Gruta íntima
Clara absolutamente branca e clara”
Falamos bastante, sobre palavras. Ele explicou-me coisas muito bonitas sobre as palavras do léxico crioulo- a sua origem…espanhola, mandinga, portuguesa. Sempre com a impressão de ser capaz de ficar horas a ouvir-lo falar sobre palavras.
“Há muita luz…
Não pesa nem maltrata
O pensamento esvoaça
E o sacudir das sílabas
Anuncia sempre clara
A luz da palavra”
Neste dois encontros de hora e meia sensivelmente, fui muito mais ouvinte do que falante e sempre com a sensação de poder ficar horas à conversa com o interlocutor. Um homem com mundo. Andei em tempos a questionar-me sobre o significado desta expressão “fulano ou fulana tem mundo”. Pois bem, encontrei um exemplar desta expressão. Ter mundo não significa viajar (apesar de ele o ter feito por uma boa parte do mundo a bordo de navios mercantes). Ter mundo significa ter capacidade de olhar para o mundo e ainda assim continuar a ter um coração que pulsa, apesar das misérias, das injustiças, ter mundo significa manter o brilho infantil no olhar …apesar….da vida.
“Além um esplendoroso foco me convida
A evadir desta praça de luz minúscula
Em redor o meu tacto palpita e respira
Como graus na girante de uma bússola”
Não sou especialista em literatura e tão pouco em poesia. Sou sobretudo uma leitora. De prosa e poesia. Não percebo de métrica e rima. Percebo daquilo que me faz vivo o coração, numa complexidade incapaz de ser explicada entre as sinapses neuronais e o bater deste músculo involuntário alojado aqui no lado esquerdo.
E agora….a gaveta branca. A gaveta é sítio de armazenamento. De coisas importantes, de pequenos tesouros- folhas secas, pauzinhos com formas curiosas, contas de sibitchi, cartas de amor amarelecidas, sonhos adiados, postais nunca enviados. É um armazém de luz e de penumbra. Do que revelamos, se aberta e do que ocultamos, se fechada.
Esta gaveta branca é de luz, é sem chave. Só demorou a abrir.
Gaveta Branca é um livro que esteve 15 anos…na gaveta.
Não imagino sequer se o título é posterior à obra ou se a obra foi inspirada pelo título. Julgo que o processo criativo da escrita não obedece a rigores deste ou de qualquer outro tipo. Parece-me contudo paradigmática esta coincidência - o título e o facto do livro ter esperado 15 anos para ser publicado, provavelmente numa gaveta, das reais ou das de brincar…também chamadas de pastas digitais.
Fazendo uma analogia com os andamentos musicais, passo de uma morna para um funaná.
A Gaveta Branca de Kaká Barbosa é viva, é de luz, é energia individual que se funde com a energia superior, a do universo, contínua, e que garante continuidade. Perguntei-lhe se é racionalista cristão. Disse-me que não, que quando escreve recebe um espírito de luz em jeito de visitação. Eu chamo-lhe um ego auxiliar, um ego auxiliar da criação.
Na gaveta Branca há uma parte de luz….
A Luz
“Nesta
Cave
Forte
Existe
Um foco.
Emerge
Cresce
Esparge
Foge
Feito
Um louco”
Lembra um Haiku, uma forma de poesia japonesa, que basicamente se define como uma forma poética que possui três versos curtos e, quanto ao conteúdo, expressa uma percepção da natureza.
mais uma vez não me rejo pela métrica característica dos Haikus para assim classificar o poema do autor, mas quando o li foi o que senti e na verdade se atentarmos para a definição do conteúdo de um Haiku não lhe fugimos “O haiku é mais do que uma forma de poesia; é uma forma de ver o mundo. Cada haiku capta um momento de experiência; um instante em que o simples subitamente revela a sua natureza interior e nos faz olhar de novo o observado,
a natureza humana, a vida”. (A. C. Missias,)
É desta Luz, fulgurante, branca, vermelha, de fogo, que a Gaveta é feita, também.
Na gaveta Ouvem-se vozes…..
A Voz
A voz é a do autor, ora tranquila, indolente a lembrar uma morna, ora vivaz, eloquente, num andamento de funaná encorpado. Sempre audível. Nunca sussurrada. A voz e as palavras são como chispas… de alegria, de energia, de luz, de voz destes poemas.
“Claro!
Para me silenciar:
Grito, dou, amo, faço e desafio
Como o riso nos lábios de um tiro.
Claro!
Para me avivar:
Silencio, tomo, calo e canto com brio
Como o trilo luzido dum grilo”
Na gaveta poemam-se pedacinhos de cabo verde……….
“O mar,
Tão depressa se abeira
Do ponto de fremência
Fica mais ela a maresia
O verso
Tão depressa se abeira
Do ponto de ardência
Fica mais ela a poesia”
Na gaveta, poema-se a vida naquilo que é essencial,
“A luz,
À luz do dia ludibria
A vida aviva-se e habilita
A morte avilta-se e gravita
O tempo limita
A sombra delimita
A voz
Explica, pica, plica e implica
E o que dilucida indica?”
O tempo limita mas consola-nos saber que esta/a sua voz que pica, plica e implica não ficará confinada ao espaço de uma gaveta e que a sua pessoa e obra perdurarão através do tempo e das gerações.
Os grandes estarão sempre entre nós, connosco pela mão. Bem haja.

domingo, 26 de abril de 2015

RAPIZIUS

 
 
Achei interessante e inédito o facto de a apresentação do meu livro Gaveta Branca não ter sido badalado nos programas da TV, Radio e dois outros jornais da praça, a Semana e a Nação. Pois, claro, o poeta e o livro existem desafectados da propaganda, das mordomias, dos favores, tapetes vermelhos, vossas excelências etc. etc.
Mas o 24 de Abril, Dia da apresentação do livro - Gaveta Branca - , foi magnífico, tinha jovens e crianças, mais do que isso estavam amigos e amantes da poesia e do livro e da literatura.
Não houve registo fotográfico, assim como ninguém registou o momento da criação poética dentro da gaveta, sua morada.
Ecoa como sinfonia meteórica o pronunciamento da Professora Drª Catarina Cardoso, o bastante, que montado no cavalo da palavra penetrou no labirinto, refúgio do feiticeiro, para no solo que o ampara divisar o altar da cegueira luminosa onde se curva o poeta para navegar e estabelecer pontos, jungir pontas e sonhar pontes para alcançar a outra margem das verdades da VERDADE que a sua experiencia imaginativa propõe trazer para a folha em branco.
Dizia o grande ensaísta, poeta e critico literário, figura cimeira das letras portuguesas - Prof Eduardo Lourenço - "que todos os enigmas são enigmas do homem. logo, o homem é a resposta de todos os enigmas, coisa que édipo sabia".
Pois, Gaveta Branca, sendo enigma, "foi a forma de não haver outra forma de o poeta criar o enigma da poesia ou seja a resposta para o que procura" ( Eduardo Lourenço).
Se antes eu já tinha escrito que; o livro é como uma estrada construída por etapas, ele é, de todo o modo, uma calçada portadora de um esplendor que nos pertence, porém, nem sempre conseguimos usufruir a totalidade da luz que emana, porque nos colocamos á margem dela.
Gaveta Branca é e continuará a ser um enigma, um mito, um enfeitiçamento ao serviço do poeta e não o contrário ou se seja não está o poeta ao seu serviço. Ela é ela mesma na sua continuidade.
Assim sendo, além da apropriação dos meandros dos textos que corporizam Gaveta Branca, os apresentadores impulsionados pela curiosidade em desvendar os caminhos da luz e da voz, encontraram afinidades e ecos de grandes vultos do pensamento filosófico e poético reflectidos na gaveta do espírito do poeta, morador no lugar comum dos homens, ilha seu mundo mais particular, donde parte para sondar no inatingível o logos da ciência e da existência da alma.
kb.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

RAPIZIUS



Não sei porque é que o crioulo fala por falar. Que património grandioso é esse? Que Mosteiro Misterioso é a igreja do Tarrafal que não deva merecer reparos arquitetónicos?
Então o Bispado não sabe o que fazer com o seu património?
Quando se mexeu na casa do meu sogro em São Vicente todo o mundo caiu em cima... destruir o património da cidade do Mindelo é crime etc. etc.. mas a casa lá está reformada e bonitinha da silva, como era dantes.
Porquê não reformar esta igreja e a...mpliá-la e fazer dela um templo digno do Santo Amaro Abade ... monumento da cidade..
Em cabo verde qualquer barraca é património. Porque não?
Mas o que é património de facto estão às lagartixas, toma sol e depois hiberna. Exemplo: Memorial Amílcar Cabral.
Dinheiro no banco é património. Mas o maior património da Praia é Sucupira, e de Cabo Verde, é a ostentação, a hipocrisia, as inverdades e a doutorice de muitos que gozam 365 dias de férias por ano nas repartições do estado e nos institutos públicos.
Bem haja a queda dos que caíram dos andaimes da arrogância, da vaidade e da ostentação. Não tarda muito. Cairão mais e mais, não tarda

RAPIZIUS



Detesto repetições e chavões para não se dizer nada:
é um dia de reflexão;
eu na qualidade de cabo-verdiano;
como democrata que sou;
é preciso sensibilizar as pessoas; ...
vamos estabelecer parcerias;
queremos uma cidadania activa;
é preciso criar as condições;
junto das pessoas;
queremos os nossos direitos;
os resultados são extremamente positivos;
é preciso repetir mais vezes;
ultrapassar os constrangimentos;
escutar as preocupações das populações;
o povo unido bla-bla-bla...
Bolas! 

Que coisa.... até parece que não temos mais que fazer nesta terra. 
Hoje é dia do professor e não se trabalha. Está-se em casa a pensar na farra de logo à tarde ou então a .........................

terça-feira, 14 de abril de 2015

LIVRO EXPRESSÃO DO ESPÍRITO

 
 
O FB fez as contas e atribuiu-me 31 anos de idade interior, o que significa, que dentro da minha cabeça, nem a dita idade de Cristo atingi, portanto, sou novo ainda, mas um novo que já viu muita coisa e atento a o que se faz aqui nas ilhas, TORTO E DIREITO.

Todos sabem que o livro é como uma estrada para todos. É uma unidade que o autor ou a editora coloca à disposição do público para desfrutar a seu belo prazer.

Mas porque será que um livro tem de ser apresentado ou lançado, FATEADO, quer dizer de fato e gravata, cerimonioso como se de missa tratasse, como se o livro fosse BÍBLIA, coisa de outro mundo, TIDO como coroamento do eruditismo de quem se atreveu explorar o dom da escrita ou a sua capacidade de observação e de registo. Bolas! O livro é expressão do espírito na modéstia da sua evolução permanente.
É uma GAVETA prenhe de (ante) visões passadistas ou futuristas.

 PORTANTO!...
 
O livro é como uma estrada
Caminhada por etapas
Portanto uma respiração pela palavra
Porém um dólmen de papel
Quiçá um candeeiro de saberes.
 
O próximo livro
É prosseguimento da estrada
É respirar contínuo pela palavra
É pele do outro na sua própria pele
Quiçá um poleiro de expores.
kb

sábado, 11 de abril de 2015

RAPIZIUS


O horário do voo foi cumprido e, dez minutos depois, estava eu na ilha do Maio, quando eram 09H40. O visitante sentado a meu lado era europeu. Conversando, ele comentou: a tarifa aérea de 5.074$50 (Praia/Maio), equivalente a 46,02€, dava para muitas milhas dentro da europa. A conversa foi interrompida pela aterragem no aeroporto local. Era sexta-feira e o dia estava pardacento. Em Março o nordeste costuma puxar muita poeira da parte desértica do continente para esta zona do trópico, ofuscando a visibilidade. Sempre achei Maio uma ilha graciosa e de parecença incomum. Ela goza do privilégio de ter uma população trazedora duma vivência de sossego e de paz, embalados pelo rolar saltitante do mar nas areentas praias e pontas calcárias, marcos antigos erigidos sob o peso do silêncio primitivo, recurso exótico, que confere à paisagem identidade própria e qualidade de vida impar (por explorar e valorizar), oferta de luxo para todos quantos procuram a ilha e sua capital, Porto Inglês, para relaxar, viver, trabalhar ou augurar projectos económicos. A longa e bela marginal (em obras) trará outra aparência á baixa da cidade porto de antigos baleeiros, marcada por pontos figurativos e marcos históricos.
Contrariamente ao bulício das grandes cidades, onde, praticamente, ninguém é para ninguém, Porto Inglês, vilas e lugarejos, oferecem ao forasteiro acolhimento e convívio, modéstia e simpatia e um elevado grau de civismo reflectidos na configuração da urbe (em expansão) das ruas e das redondezas com elevado grau de limpeza, cuidados que, mantidos, conferem grandeza e bom nome social á ilha. Defendo a ideia de que o progresso económico e social da ilha, de modo algum, deve danar e esvaziar a reserva moral e os valores cívicos protegidos pelas famílias e pelas colectividades.  
Oriundos de Santiago, ilha vizinha com grande impacto na sua vida económica, possuem afazeres comerciais, e, ou pequenas realizações voltadas para o turismo (em stand by), expectando o futuro que se desenha promissor neste sector da economia. São vários os estrangeiros europeus que elegeram edificar casa própria, caso de ponta preta, passando na ilha a maior parte do ano, ou então estâncias turísticas (inacabadas pelo impacto da crise), residenciais e restaurantes mitigados, reflectindo o exíguo mercado turístico, marcado pela anomalia dos transportes (marítimos e aéreo) pelo deficiente provimento de géneros e víveres, pelo fraco fluxo interno e externo de visitantes, quiçá, agregado à fraca ou nula promoção do destino Maio pelas agências de turismo ali sediadas ou fora dela, carências que indicam que Maio precisa conectar-se a um projecto forte que ofereça pacotes de estadia variados com tarifas convidativas e bem ajustadas à qualidade de serviço a prestar-se pelos emissores e recebedores do tráfego.
As tarifas de 5.074$50, por passagem aérea e de 2.900$ e 2.750$, mais taxa turística, de dormida por individuo, em residenciais de 8, 10 a 15 camas, podem não ser onerosas para alguns, porém, potenciais visitantes internos cientes de querem variar seus fins-de-semana numa ilha diferente não o fazem. A ilha do Maio tem muito para oferecer e agradar os visitantes, desde que bem orientado e utilizados os recursos presentes, comida, estórias, crenças, cultos, romarias, teatro e música e o que há de mais sentido e fundo na vida maiense – o exotismo do seu silêncio.
Olhando para o motivo que me levou á ilha devo indicar que a Conservatória dos Registos, as Finanças, a Câmara Municipal do Maio, o Banco Comercial do Atlântico, a Residencial Marilu, a Esplanada o Corsário, foram serviços que me acolheram e saliento a simpatia e o bem servir em qualquer um deles. Olhando para os amigos gradeço bastante o Ex-Delegado Escolar Sr. Adalberto, o empresário Sr. Jorge, os músicos Tibau, Mike e Manuel, o director da Cultura da Camara Municipal do Maio, as professoras e os professores, (vários de Santa Catarina), à Dona Nhunha, ao Zé Enes, ao morador suíço Sr. Markos, às professoras e amigos da Calheta, aos jovens anónimos que estimaram conhecerem-me em vida. A todos vós, caros amigos, o meu muito obrigado pela amizade e simpatia.
De forma particular agradeço o Presidente da Camara Municipal do Maio, Sr. Manuel Ribeiro, pela visita de cortesia a mim concedida e a gentileza de acolher as ideias de valorização da cultura e do bom nome do Concelho que esforçadamente dirige.
Finalmente, peço à Srª Ministra que tutela o turismo o favor de colocar na sua agenda de trabalho uma visita ao Maio, para avaliar e propor soluções viáveis para este sector de actividade em stand by.
Voltarei para vos abraçar a todos.

RAPIZIUS

                                                                                                         MINHAS AMIZADES COM DIAHO ...