domingo, 23 de março de 2008
Poesia Escancarada
POEMA DO LIVRO CHÃOTERRA MAIAMO
Todas as manhãs
a fome mata a boca do pão
e na barriga da vida morre.
Quebrar o jejum
é sono embalado de toda a fome
igualmente para todo o homem.
Matando a morte em nome da fome
o homem é cada vez mais sem nome
Há fome
mais viva que a vida numa barriga
e há fome
que é hábito ou prazer da comida
e ainda há fome
que é óbito sem nome e sem guarida.
Quem morrerá... pela morte da fome
em nome do homem?
(Kb)
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1 comentário:
Terrível pergunta. Pois é, QUEM?
E tantas são ainda as mortes por morrer, para a salvação dos homens.
Ab druminguêru.
ZC
P.S. Gostei particularmente destes versos:
"Matando a morte em nome da fome
o homem é cada vez mais sem nome"
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