domingo, 16 de março de 2008

EmOtras Palavra


A IMPORTÂNCIA DA VERDADE

«Só não brilha a escuridão. A luz da verdade sim».

1. Se por uma lado muita gente boa aqui na nossa terra sabe e muito bem qual é o significado da palavra VERDADE, porém, ela, jamais é bem tratada por alguns. É, sim, mal vista, mal acolhida e às vezes escamoteada. O povo diz que «verdadi é duêdu» a verdade dói. Mas porquê… bolas!... se fazer justiça é descobrir e pôr a verdade ao de cima. Então não há gente que, para injustiçar os outros, para criar a pele da sua verdade, desimporta, falseia, e mente horrendamente.
Mas ao mesmo tempo sabemos, também, o que é ser autêntico, ter autoridade, ter prestígio, o que é ter valor e influência positiva, e tudo isso devem ser vistos e tidos como absolutamente importantes e verdadeiros.
Mesmo assim, será que sabemos dar ou atribuir importância às coisas, às pessoas, aos animais, às plantas, ao ambiente, às palavras e aos discursos? Antigamente um lavrador, um professor eram pessoas mesmo muito importantes. Hoje, o que é que tem importância para nós? Falar verdade é importante? É importante ter um amigo fixe ou um governante verdadeiro?
Já agora, é importante ou tem importância este artigo?
Para mim estas questões são tão importantes como a água que bebemos e, justamente, por esta razão é que defendo a ideia de que a Importância da Verdade tem e deve ser assumida por todos, mas todos os de bom e os de mau senso, de modo a que a autoridade e prestígio desta noção vigorem e sejam capazes de esclarecer, de criar escola e de produzir efeitos recicladores no comportamento individual e no colectivo vigentes, abrindo-se assim o caminho, para em todas as ocasiões os cidadãos possam saber definitivamente o que é isso de ter o vínculo jurídico-político que, os constituem, perante o estado, em entidades com um conjunto de direitos e obrigações.
É sabido que os homens se relacionam com a realidade na medida em que a transformam e a produzem, já que o pensamento é uma forma de apropriação espiritual da realidade.
Há que transformar de facto esta terra numa outra com mais espírito empreendedor e mais avançada, em resumo numa outra realidade e para que aconteça deve-se criar desde já a ideia da necessidade dessa transformação, e estou certo de que esta ideia trará consigo, acredito bem que sim, a possibilidade da reconversão de muitos dos queixumes tradicionais, fruto do atraso de certos sectores ainda adormecidos, sobejamente conhecidos, estudados e identificados a sua localização, por todos nós, dizia, e transformá-los noutras noções e práticas capazes de gerar e de encubar nos indivíduos o entendimento maduro da necessidade de agir estabelecendo metas, de gerir e convergir as energias, de reflectir e apropriar-se das ferramentas postas à sua disposição para levarem por diante essa grande luta geradora do movimento destorcedor do ser coitado alçado no espírito dos menos evoluídos. Falar verdade é dizer claramente ao outro que se diz coitado, que ele não o é, mas que ele deve levantar-se do chão para ser homem com espírito de homem.
Devemos, todos, sim, criticar e duramente essa pobreza real que ainda ataca mais de um quarto da nossa população, mas de uma forma respeitosa e audaciosa, juntamente com medidas de políticas, propostas e actos de solidariedade concretos e bem direccionados e nunca colocar essas pessoas pobres ou muito pobres ou mesmo a pobreza como uma entidade viva na condição de rastilhos e sacudi-las como bandeira de luta política para fins eleitoralistas seja em que conjuntura política e social forem, mormente tê-las como estância de rabidância política semeada de populismo e de oportunismo cujo resultado é o contrato de compra e venda de votos nas urnas.
Acredita quem quiser:
« Dôs cegu ta leba kunpanheru lugar ninhun. Ses anpáru é na braku y ku pankada»
(Dois cegos, um, não leva o outro a lado nenhm. Buraco e pancada é o amparo) Kb.

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RAPIZIUS

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