TROPECIDADES
Era podre o cheiro na paragem
E o Djoka escapou-se do atropelo
Atrasado sujo e parou na viagem
Ninguém conseguiu convencê-lo
À esquina da loja China tropecei
Por mera sorte não parei no chão
No buraco meti o pé e me magoei
Meu saco preto fugiu-me da mão
Essa ruazinha sequer nome tem
Os sujeitos não contestam nada
Todos passam por Zé ninguém
No mercado é bulício e pancada
O polícia levou o vendedor errante
A coisa cambiada era contrabando
Ficou irritado o homem do volante
É tanta e quanta gente aldrabando
Aqui é a cidade justa do quebra-pé
De buracos lixarada e quebra-mola
Vale mais em casa do que ir ao café
Ouvir sempre gente a pedir esmola
Aqui é capital de vários presidentes
Leis hábitos e costumes inventados
Pessoas e alimárias são passeantes
As críticas caem em balaios furados
Rachados bocados pedaços e partidos
Pó mosca lixo avaria desvios e fofocas
Mexidas ajustes biscate e favorecidos
As tropecidades que selam as bocas.
(2000) Kaka Barboza
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Bilhete Sem Título
Fto.Kb Este belo cidadão fazia footing na hora de ponta
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2 comentários:
Esta Praia metida em quartetos de rima cruzada é um sumo amargo, mas da própria Fruta Praia, sem adição de açúcar.
Outra coisa, a foto desse "Cidadão" preocupado em manter a linha fez-me lembrar uma observação irónica de Renato Maluf, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Brasil, de que, na terra dele, por causa dos problemas da BSE, vulgo vaca louca, as vacas passaram a ter todas a sua identidade, ao passo que há muitas crianças que são não-cidadãos por não terem sido sequer registadas.
Um blogabraço.
PS: kel dia staba fixe la na Leno ("Bons Amigos"), faltaba só bó. Mas ka ta bem faltanu oportunidadi di da kontron.
Alô Djoy.
Escrevi o poemeto em 2000 e o que escrevi à Praia Centenária, agoramente, remata que a Praia é generosa, já o disse algures num bilhete... a Praia atura e não se cança ...
Estou a poupar uns trokinhos para a gente tertuliar sons virados.
Obgdº 1 blogabraço
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