Saí da Livraria Nho Eugénio. Olhei o ecrã do móvel. Eram 11
horas e 15 minutos. Entrei na loja de frutas ao lado para apanhar brócolos e
berinjela. À porta esperava-me o vendedor do Jornal Expresso das Ilhas.
- Sr. Barbosa, sei que o senhor não compra jornais, mas o
senhor é homem de cultura. Tenho boa coisa para si: - Disse-me em tom alegre.
Parei para ver. Tirou da mochila um livro e disse-me:
- Hoje o Sr. vai levar o jornal tem boas notícias. Olha,
jornal e livro pelo preço de 500$00. Boa compra não é! Olha, o livro é de um
homem da cultura como o senhor, Chiquinho: - disse-me entusiasmado.
- Olha, meu caro, o livro chama-se Chiquinho e o escritor é
Baltasar Lopes. - Expliquei para ele, mostrando a capa do livro.
- Sim, Salazar, aquele que mandava em Portugal. Replicou.
Desatei a rir, enquanto tirava o dinheiro da carteira.
Ele, também, sorridente pediu-me uma moeda para levar uma
fruta do expositor logo à nossa frente.
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