Os integrantes das Forças Armadas, o Exército, são por certo
os que mais falam em servir a Pátria. Refiro-me aos momentos celebrativos e
juramentos à Bandeira pelos soldados dados como prontos ( prontos a servir a Pátria).
A partir dali a Pátria de que se fala evai-se como fumo.
A palavra Pátria não toma assento nos discursos dos
governos, dos políticos, dos parlamentares, dos universitários, dos
comunicadores (Radio e Televisão) dos estabelecimentos de ensino, nem nas cidades,
aldeias, achadas e fajãs das ilhas.
Digo isso, porque, ontem, nas cerimonias fúnebres dos
soldados que encontraram a morte na Caserna do Monte Txota, o Chefe de Estado e
Comandante Supremo das Forças Armadas invocou timidamente a palavra "
Pátria " cujo sentido ficou diluído no que são as funções do estado e da
governação. Pudera.
Se os combatentes da liberdade da Pátria são tidos por peças
decorativas num cantinho da história sem repercussão social;
Se os símbolos nacionais, bandeira, hino e armas da república
não são portadores de referencias patrióticas;
Se os livros escolares, se o ensino, se a formação
académica, se a comunicação social não invocam e nem promovem o espírito
patriótico;
O que esperar duma sociedade e de um povo que tem por pátria
a sua barriga, a bazofaria e o sonho à evasão?
Sem comentários:
Enviar um comentário