Não sou homem de extravagâncias. Andei 30 anos a ensaiar e a
tentar construir a árvore necessária para o poiso daquilo que vislumbro ser o produto
evolutivo do que chamo Som di Terra.
Não devemos ter medo do moderno que decorre do pensar
reflexivo sobre as bases do passado. O presente é todo nosso e ninguém nos tira
isso.
Com estudo, tratamento adequado e acrescentos úteis vimos
construindo a nossa viagem segura do futuro da nossa música.
Não haverá desregramentos, mas sim continuidade e respeito á
memória e às heranças de que sou um fiel depositário.
Afinal a música é uma espécie de literatura desenhada com
alma cujos acordes num braço de pau e com a ajuda da caixa-de-ressonância narra
a estrada das emoções que a nossa vida interior reproduz.
Sou a ponte sobre novas águas, mas de novos destinos
conforme o relógio do tempo e a geografia da vida nos nortear.
Ser fiel às raízes é demasiado duro, mas ser leal é o que
prefiro ser hoje, amanhã e sempre. Um abraço.
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