Sim senhor.
Os sindicatos levaram os trabalhadores seus afiliados e
outras pessoas à rua para exigirem não os seus direitos, mas sim ampliação dos
direitos adquiridos.
O cenário ficava completo se o patronato e os empregadores
saíssem também à rua para reivindicarem os seus direitos. Mas não. Preferem
ficar no anonimato.
Mas uma coisa me intriga.
Ninguém é obrigado a dar trabalho a ninguém.
A empresa é que contrata trabalho e não dá emprego, emprego
no sentido de guarida à mão de obra. A empresa é capital a pagar o processo
produtivo para colher lucros para continuar a produzir bens e serviços e etc. e
não trabalha quem quiser, trabalha aquele que é contratado para produzir.
Por mim temos um sindicato e uma acção sindical arcaica que
não participa na dinamização do mercado do trabalho e nem está voltado para o
combate ao desemprego. Coabitam com os que trabalham e como não há outra coisa
a dizer nem a fazer junto dos seus associados e dos que não o são,
reivindicações e ampliação de direitos é a base de animação da classe perante
um pais que mercado não é, perante um país que sobrevive da ajuda orçamental,
resultado dos impostos tirados a outros povos: não passamos de pelourinho onde
cada um procura tirar o seu dia dia.
É preciso muito cuidado com o mito do
rendimento médio.
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