É sonda os poemas que escrevo
Na vida esmaecida pelo sol dos dias
Rumores do tempo,
Das nuvens e das brisas vadias.
É bronco o poema que escrevo
Na terra dura e árida.
Palavrões do vento,
Dos descrentes e loucos varridos.
É tronco os poemas que escrevo
Na tela pura e alva.
Maresia de vivas marés,
Das luas dos galos burlados.
Mas neles há terras e caminhos
que cada um de nós conhece
Há montes de músculo retesado
semeado de grãos selvagem.
Há homem que nunca desiste.
Há hinos e vozes mil
olhares e desafios difíceis.
Há músicas e ritmos montanhas e sombras à deriva.
BK
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