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O café é capaz de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, ter raça, ser abrigo onde a malta tá tudo bem, onde há tomadores de bicas, faladores, inconformados, discutidores de tudo e mais alguma coisa. Ninguém se rala e se escusa do amargo do café, essa paixão pura sem cura, saudade sem fim, tristeza, desequilíbrio, medo, nervosismo, tensão alta a comer-nos o coração e que nos dita no peito o vício de ir ao café de manhã, meio-dia, à tarde e á tardinha, aos fins de semana, de segunda à sexta novamente.
O café é uma coisa, a vida é outra. O café não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida.
O café é para ser bebido e sentido nas entrelinhas.
O café é para ser bebido e sentido nas entrelinhas.
(Repeti esta parte porque condiz com o que acho do João Café Margoso Branco)
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