Lendo o post do Djinho Barbosa, em Son di Santiago - Liberdade de Expressão & Free Mijo - imediatamente, fiquei a pensar se mijo e água normal não são a mesmíssima coisa.
Vamos pensar juntos um pouco: As gentes do interior de Santiago, os qualificados badius di fora pelos badius da Praia, por respeito a si próprias e para com os outros, antigamente procuravam sempre sítios fora do alcance dos olhares para fazerem mijo, isto é, para fazer água, como se costumava dizer. Em boa verdade, antes, usava-se a metáfora para citar nomes de coisas e de actos considerados deselegantes justamente para que a pessoa não fosse vista como mal-educada.
Era assim: mijo>água; pupu/cocó> necessidade/mato; órgãos genitais >corpo de homem /corpo de mulher, e assim por diante.
Conquanto aos praianos, nascidos e criados, nem pensar em ser descabido quanto mais incivilizado. O abusador ou o faltoso tinha toda a sociedade em cima, incluindo a Polícia de Segurança Pública. É que não havia condescendência para com os actos indecorosos fosse onde fosse quanto mais na via pública.
A liberdade de expressão reivindicada em todo o lado e em todo o mundo dá também no FREE MIJO e FRIS FRIEZAS, que levam as pessoas a serem humilhadas, injustiçadas, roubadas, agredidas, violentadas e matadas por quantos nasceram para não ficarem na barriga, que, crescendo, optaram pela marginalidade e pelo bandidismo, público este, indesejado, que as instituições e os agentes dos direitos humanos apelidam de grupo de cidadãos em conflito com a lei porque vítimas da própria sociedade, sabendo que tal grupo é formado por indivíduos e pessoas de toda a espécie e feitio, portanto, de bandidos declarados no dizer dos agredidos que mal gozam do direito à vida e ao sossego de espírito em seus bairros, em suas ruas e em suas casas.
Uma curiosidade. Sabiam que mijo txóko curava gente com finado no corpo?
Será que a Praia precisa se banhar nesta água bendita para se livrar dos maus haveres que inclina a sua balança de civismo?
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