MILHO
I
Luzentes pela cor do milho
Os arranjos da sementeira marcham
Para o único mês do calendário
Que a pequenez do grão dilata o chão.
Não inocente é a música do lavrador:
Inventa o molhado que não se tem,
Luz o rumor do pau na boca do pilão
Esverdinha o sol que lambe a terra
E dorme o pão à sombra do balaio.
II
O milho é como um pássaro
Que voa dentro de nós a renúncia
Ao seu próprio ninho.
É como um barco que de manhã aporta
E à tarde devolve-se à longa jornada.
Fosse a ilha um barco
E o milho a bússola:
Outras rotas,
Outras viagens,
E outros destinos
Teriam as nossas manhãs.
(Terra Dilecta - KB)
2 comentários:
excelente nha tio!
Excelente nha tio! tio nu teni um grupo e nu sta começa cu um iniciativa de djunta publicações e divulga poemas! dja nu teni um página na facebook. Se nome é "Poetas de Estrada". nu ta convida tio a dexa publicaçoes e talvez desenvolve algum cusa em conjunto pa divulga publicaçoes de tio!
abraçaoo sobrinho Bruno Barbosa
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