sábado, 17 de setembro de 2011

Poema para Longe

Foto de Xan Conceição na Lusófona


Quando vires não estarei

Minha retirada já ensaiei

Para onde ainda não sei

É meta que nunca sonhei.

Talvez no voo de arrasar

Montado cego todo no ar

A deambular sem parar

Até outro qualquer lugar.

Quiçá na face de uma flor

Ou na borda dum plangor

Onde tudo é imprevisto

Onde mora o sem motivo.

Onde a ida deixa sua luz

Onde Ela, Diabo e Ele

Mais eu na mesma cruz

Duramos de cravo na pele.

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