MÁS_CARAS EMDE_LÍRIO
Desmascarado sentei-me na gaveta
A lâmpada acesa a vigiar minha mão
Desinquieto nem pardais-do-telhado
Bafo adormecido espalhando alma
No caderno aberto à minha frente
Silêncios versos canções ardentes
Olhos a procurar verdades em fuga
Invento o voo de uma nuvem roxeada
Um fio de água o chão de um rebento
Folhas crescendo o despontar do dia
Subo e desço o braço do violão
Uma mão desenha e a outra arpeja
O violão curva da neguinha que amo
Há ritmar do mar e o cantar do galo
Nos recortes do dia a içar o começo
De caderno fechado à minha frente
Mascarado levantei-me da gaveta
Deix_ando más_caras emde_lírio
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