domingo, 12 de agosto de 2012

Profecia 3,7


Esta fotografia foi tirada pela minha neta de 4 anitos no dia em que me doía a perna esquerda, tomada por dores reumáticas, e, tá claro, para ficar quentinho pus a farda de apóstolo e comigo os meus arranjos. Tinha e tem lógica esta foto no contexto hophipofalando.
1º Fiz um grande favor á jornalista de o Nação respondendo às suas perguntas sob uma matéria que ela diz ter investigado, e, que, quanto a mim, não passa de constatação de um facto antigo.
2º Fiz outro grande favor à rapaziada rapista e hiphopista que tiveram a oportunidade de dizer da sua justiça sobre o assunto, mandando para cima de mim como se eu fosse uma ameaça aos seus sonhos, incluindo, promovendo uma boa lição rebuscada algures na net, tudo por causa da minha ignorancia ao chamado movimento hophipal crioulo, e achado XINGUA o ruído musical palavreado.
4º Eu estava certo quando um dia cantei no tema Txon di Massapé, gravado pela Guty Duarte e orquestrado por Kim ALVES. É li ki diabu perdi si fé/ é li ki Djon móre pa sissi..., dizia, eu estava certo, por isso, ficou gravado para não mais apagar.
5º Lá porque o meu filho se converteu ao islão deram para cima de mim como se eu fosse Maomé. Até de terrorista fui apelidado.Em certos círculos santiaguenses quando opino sobre civismo e diversidade cultural das ilhas, nossa riqueza natural, sou tomado por Sampadjudo quando não é COPO LETI.
6º Quando não aceito imposições sou rebelde.
Quando primo pela humildade e contenção passam por cima.
Quando digo o que penso prometem-me porrada por ser estranha a cultura que me querem impor e a todos nós, porque moderno e universalista é aquele que aceita e opera a favor da lixarada que as editoras e os midias das potências exportadoras da chamada cultura urbana global, como se aqui o povo caboverdiano não existisse e não exercesse a sua cultura original e tradicional, prova-o o talento strela ontem findo e o conteúdo cultural ali trabalhado. 
7º Não me parece, não. Há mesmo uma certa juventude armada em especial e radical que só agora parece ter desembarcado nas ilhas e chegado aos seus bairros de nascença para ali fundar os guetos, os gangues, os limites territoriais, registando-se como soldados da justiça, admitindo e excluindo os que não cabem na sua escola de actos e de costumes, autoproclamando-se em reivindicadores de causas sociais e portavozes fieis do povo na tentativa de se erigirem como "abridores do olho do povo" Já que este anda com os olhos fechados sem saber de si e das suas legítimas aspirações e onde poderão reclamar os seus direitos. Parece haver a ideia de que a propaganda altera a condição de ser-se pobre. 
8º Eu já tinha advertido, em conversa privada, ao meu inesquecível visinho e poeta Mario Fonseca, já falecido, que vivíamos numa espécie de miradouro maritimo sem dar-nos conta da fragilidade do azul que nos rodea. Isto é poético. Disse-me, ele. Respondi-lhe profético. 
9º País aberto ao mundo, sala, quarto, ventanas, janelas, portas, portões, quintal e curral, Cabo Verde, trilha com sucesso, em tudo, o perigoso caminho do plágio de modelos em nome do modernismo. Não é que a moderna formação que se faz e se dá à juventude actual é para satisfazer a sobrevivencia, alimentando pouco ou nada as raizes da sua àrvore identitária.
Alguém, alguma vez, ouviu o comum caboverdiano chamar pátria a Cabo Verde. BK





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RAPIZIUS

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