sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ESCREVER NA RUA



Ao desembainhar o Blogue para o desenferrujar, diante de mim, numa rama de acácia um pássaro galava a sua fêmea vezes seguidas e eu a pensar na quantidade de ovos que devia ir para o ninho.
Mas, não. Dos beirais, de cada vez, voa um casal apenas.
Nada como aperitivar primeiro.
E por falar em aperitivos saibam que está na gráfica o meu próximo volume de contos "Descantes da Minha Ribeira". 12 Contos. Para vos falar a verdade é um livrinho fixe. Um livro para estar nos bairros, nas aldeias e na rua.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Um Livro...Um Testemunho


Assim foi a abertura do lançamento do livro de Daniel Benoni. Ele e o seu inseparável bandolin. Pedaços de uma Vida é o título do volume. O Dr. Geraldo Almeida apresentou um livro interessante que revela a vivência e a atitude do autor enquanto Inspector Administrativo do M.N.E. perante determinados factos que marcaram a vida da administração pública na década de 90, muitos desses factos já relatados em livros anteriores a este que é o sexto da série - relato de evidencias ocorridas com um homem de fino trato, coerente e firme nas suas atitudes - aliás Daniel Benoni é conhecido por pessoa que não se deixa impressionar por ninguém e vender-se a troco de previlégios e mordomias.



Eis a composição da sala (dois lados) no acto da apresentação do livro. Curioso é que não foram as mesmas pessoas, mobíilias em actos do género. A maioria era gente nova e muita mocidade.
As minhas felicitações ao meu confrade Daniel Benoni.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Kala o Biku

RACIOCÍNIO RÁPIDO DE UM CORNO INTELIGENTE

O indivíduo chega de surpresa e surpreende a mulher em sua cama com outro.
Tirou o revólver da cintura, tomando cuidado para não ser percebido pelos dois, armou o gatilho e já ia se preparando para meter bala neles quando parou para pensar.
Foi se lembrando de como a sua vida de casado havia melhorado nos últimos tempos.
A esposa já não pedia dinheiro pra comprar carne, aliás, nem para comprar vestidos, jóias e sapatos, apesar de todos os dias aparecer com um vestido novo, uma jóia nova ou uma sandalinha da moda.
Os meninos mudaram da escola pública do bairro para um cursinho super chique.
Sem contar que a mulher trocou de carro, apesar de ele estar a quatro anos sem aumento e ter cortado a mesada dela.
O supermercado, então, nem se fala, eles nunca tiveram tanta fartura
quanto nos últimos meses.
E as contas de luz, água, telefone, internet, telemóvel e cartão de crédito, fazia tempo que ele nem ouvia falar delas.
O caso é que a mulher dele era mesmo uma juvita de praça, baixinha, toda gostosinha, mesmo com três filhos o tempo não passava pra ela.
Coisa de louco...
Guardou a arma na cintura, com muito cuidado para não ser percebido, e foi saindo devagar, para não atrapalhar os dois.
Parou na porta da sala, refletiu um pouco e disse pra si mesmo:
- O gajo paga a renda, o supermercado, a escola das crianças, as contas da casa, o carro, todas as despesas e eu ainda vou pra cama com ela todos os dias... e, fechando a porta atrás de si, concluiu sorrindo: Puta que o pariu... O CORNO É ELE!!!!'
(Aí está. Publiquei.)

E Eu Estava Lá


Hoje é uma sexta-feira especial para a justiça caboverdiana.
O parlamento reunido para o efeito acaba de votar os dois juizes que por imposição legal devem ser eleitos pelos deputados da nação.
O resultado foi assim:
A favor 56 votos
Contra 01 voto
Abstenção 02
Nulo 01
Portanto 61 presenças; 01 da Ucid;39 do Paicv e 21 do MpD.
Foi uma eleição fria como era de se esperar.
A este nível o caso está encerrado, mas há lado em que este e outros casos, estão longe de verem-se encerrados.
O boló está dado e vamos lá ver quem sairá com postema na ndjarga (traumatismo na ilharga).
Ser político não é sujar-se. Mas há muita sujeira por aí. Há butunku que brota de quem você nem imagina.
Dexa kuza bai (deixem a coisa vai, quer dizer.... ir, indo).
Kb

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Poema ao XatoDia


Silencioso
Entro
Fecho
Por dentro
O sossego

Dentro
Navego
Num fluxo
Denso
De fogo
( Da colectanea Gaveta Branca)
Kb.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Terra Dilecta

Foto: Pico de António - Longueira - S.Loureço do Orgãos

RESUMO


Suprema no teu brio voz erguida
Robusta activa e amiga e solidária
Ordeira próspera e linda e pacífica
Poilão serás numa ribeira de ária

O sol o vento e o mar são fontes
Do arrojo das gentes de azaguas
Do destino com outros nomes
Outras vidas e outras estradas

Terra dilecta luz da minha dor
Virá o dia do oiro sobre o índigo
É o afã de uma visão meu amor

Terra dilecta mãe do meu pudor
Creia-me! Luzirá o dia bendito
Tem lealismo a voz do teu cantor
(Este poema finda a colectanea Terra Dilecta)

RAPIZIUS

                                                                                                         MINHAS AMIZADES COM DIAHO ...