terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Floris d'Ibyago









No deserto dos cantos
Percorri céus apagados
Como pastor vagabundo
Incapaz de me reencontrar.
No deserto dos recantos
Percorri reprimidos passos 
De doídos dias e segundos
De ardores de maltratar.

Procurei no pranto   
O chão de mim,
Os mitos,
Os sonhos,
As sombras sílvicas  
Onde meus grilos se silenciam.
Procurei nos acordes  
O lugar onde sepultar o amor  
De amar a nívea Flor do Ibyago.

Á se eu pudesse explodir
O pesar que no alento trago  
Até estrelas e cometas  
Virarem no longe do além
Onde é fértil a Flor d’Ibyago.

27 Dezembro 2013
Kaka Barboza

Glorificação de Eusébio


Por aquilo que apreendi e experimentei nestes dias iniciais do ano, acho e digo, que Portugal é um país de sorte, de muita sorte mesmo, por aquilo que é e nutre o seu povo nos momentos em que ele é quem mais ordena.
De todos os ilustres e grandes filhos das colónias africanas que Portugal Imperial teve em mãos, Eduardo Mondlane, Agostinho Neto, Amílcar Cabral e tantos outros, foi Eusébio da Silva Ferreira, na simplicidade africana do seu ser, quem conseguiu fundir com eficácia no fogo da prova, sem albificar, a parte mais ingrata da nossa história comum, tornando-a bálsamo edificante e humanizante do respeito, da consideração e da amizade fraterna existente entre os nossos povos.
Fica na história quanto bondoso é a alma e o coração africanos. KB

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

MoribundAndando Sobrevivendo




A 30 de Dezembro de 2007, Domingo, esta árvore paria o Blog Son di Virason.
Seis anos depois,
ei-los moribundandando sobrevivendo quase morto na pedra onde se enraizou e cicatrizou os sons e as virações da vida e do tempo que não param de aldrabar a morte. 
KB

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

DIA DA CULTURA


                     NESTE DIA DA CULTURA QUERIA APENAS DIZER:

 Investir em cultura não é tê-la na condição de PARENTE POBRE dos regimes e dos ciclos políticos, é dar-lhe alma e vigor de que precisa para se libertar e se projectar ainda mais dentro e fora de Cabo Verde. KB

 

 

domingo, 13 de outubro de 2013

Floris d'Ibyagu


FERE OUTUBRO P’RA VALER

Fere Outubro p’ra valer a alma
Abre um vão entre pedra e mar
Não sendo o mesmo o sal do Sol
Que no pilão o amor em ais põe.

Roí e mói a doída canção à alma
Que dói no Lá Bemol do bronze
Que de nívea nem janela nem luz
Nem atira nem cala a dor de amar.
 
Se ainda há cânticos celebrando
A pedra que Outubro fere e injuria
O gostirado de tanto amar impera.
 
Se ainda há carreiro de ida e volta
Que chama Outubro destruir quer
Do ibyago refloram odoríficas fés.

Praia, 13.10.13 – Kaká Barboza 

 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Floris d'Ibyago

 
                  PRESSENTIMENTO
 
Tem Outubro surpresa que injuria 
Tem dias e horas que maltratam
Tem itinerários vazios de alegria
Tem na boca mágoas que matam.

É pelo sonho que a vida realiza o chão 
É pelo não que o amor ama a sua dor
É pela distância que júbilo é senão
É pela pedra que a estrela cala o pastor.

Ontem o poema embriagado no prazer
De viajar o beijo ao ecrã do teu móvel
Hoje pressente o que está para chegar.

Importa e duro dói o que fica por dizer
Do tempo suspenso pela palavra imóvel
Que Si & Lá inuma no Dó a dor de amar.

  Kaká Barboza

sábado, 5 de outubro de 2013

Floris d'Ibyago



ENTRE IBYAGO E FLOR


Entre ibyago e flor
Pedra e mar há níveos sonhos
Como sons arrancados da distância.
 
Entre a pedra e mar
Flor e ibyago há silvos longos  
Como abraços de abraçar memórias.

Há a querença sílvica
Que pastor lonjura os olhos não chora 
Sustém e memora o voto “para sempre”.
    
Praia, Kaka Barboza

 

RAPIZIUS

                                                                                                         MINHAS AMIZADES COM DIAHO ...