FUNANIGHT
Quando se edita uma obra com base em um projecto pensado o
seu autor procura fugir ao óbvio, isto é, incorpora e aproxima, cria e dialoga,
expressa e comunica, MEDITA e promulga.
Foi o que aconteceu ontem no Auditório Jorge Barbosa. O músico
e compositor Mário Lúcio trouxe-nos a ideia de como se recria e se inova
através do som cuja linguagem e fraseamentos melódicos são de simples feitura,
mas construtivos e perfeitos num aproveitamento desabusado dos motivos que dão
sentido ao Funaná.
Funanight é, em si, um concerto em disco, é uma proposta e
uma viagem pelo habitat do funaná, diria, pelos diferentes santuários dos
trovadores de Santiago, pela cifra onde a magia da gaita e do ferrinho
enfeitiçam a pauta, onde, nós outros, (re)criadores vamos buscar a essência e
os motivos para os incorporar nos tempos modernos da musica nacional.
Valeu ter participado da marca Funanight e da ilustração
musical que a noite de Mário Lúcio nos proporcionou, valendo, também, em toda a
linha, o desempenho dos músicos acompanhantes (executantes) que exibiram
técnica e saber estar na música.
Foi uma noite de som nacional e de nacionalização do som.
Criar com arte a liberdade de criar arte é mortalha dos
criadores ousados.
Valeu. Kaka Barboza
2 comentários:
Som també é nacionalista?
Nhu Gágá Barbosa nhu toma juís.
Nhu tra boina i nhu dêxa d'ingana kem ki ka contche nho.
Na Somada storia de nho e família de nho ê konxedu.
Por isso, ki nho ê lambescu i pateta alegre.
Un ta admira modi ki porku pa más ki imbarca e vivi na terra di branco é ca ta larga lama.
Sina tristi gó. Pretu é di castigo própi. Pa más ki sta ka ta ntúa.
Un contenti ku bó, gó. Burro é na ladera.
Kaká Barboza
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