quinta-feira, 14 de maio de 2015

RAPIZIUS

Terá de Aberações
Defender a terra é falar claro e nunca esconder detrás da cortina da hipocrisia e acenar a bandeira azul e brindar ou outros com canta irmão. Defender a terra é agir sem medo dos ciclos eleitoras. É não dizer que estamos na terra da morabeza e outras lérias que o politicamente correcto manda considerar, sabendo que não é assim tão líquido e lúcido.
O fingir crioulo é arte tropical herdada do luso tropicalismo.
Finge-se Terra de santos e santas, nome dado ...às ilhas e padroeiros dos concelhos da terra, exaltados em cada mês do ano, com celebrações, festas e festivais, anunciações e inaugurações, falatório, palanques e microfones e o povo na procissão, crentes nos santos e nas palavras da bíblia que os sacerdotes não se cansam de repetir de há 500 anos aos dias de hoje, estando civilização por acontecer. 
Contudo, não obstante as caras de santo ante os altares, os rostos dos deuses e anjos da guarda, perante a terra e as flores da luta, perante o país de crescimento médio atado a demandas impossíveis, perante a esperança que nunca morre, perante a caboverdianidade da música e da literatura, perante os países amigos, perante as doações canceladas, perante os tempos terríveis que se avizinham, perante o pai que come a filha menor, perante o irmão que mata irmão, perante as modas importadas ( discursos, tiks, valores, vícios, falar, vestir, propagandear, discutir, matar, consumir, gesticular, musicar, escrever, casar, divorciar, exigir, reivindicar, regionalizar, descentralizar, sensibilizar, workShopar e outras macaquices que terra bo sabê acolhe bem e com entusiasmo), perante tudo isso, resta-nos sublinhar ... perante os 40 anos de garganta ao alto, entre que santos e que pecadores a terra está colocada...

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RAPIZIUS

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