terça-feira, 26 de agosto de 2014

FLORIS D'IBYAGO


POEMA AO BAIRRO SANTO

 
É no António Santo o talhar dos versos
Onde cada madrugada é hálito á janela;

É na lâmpada dos sentires refreados
Como a cabra ruminando plástico;

É na abóboda do céu-da-boca aos brados
Onde emerge os momentos dramáticos;

É no ponderado correndo pelo sarcasmo
Como ondas na proa duma caravela;   

É no dito a revolutear no pico da língua  
Como graus no giratório duma bússola;

É na calva vidraça do mês do marasmo 
Onde cada estultice é uma corruptela;

Que os versos se convertem em poesia
Como caos se tornou no éden de lobos.

Oh! Quão inútil António é algo achado
Em perdidos e achados tão desregrado
Que desempolga o cultivador extenuado.

 K Barboza

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