Oblata à Mãi Maria
Rendido no secado terral silencioso
Meu palpitar deslizava vacilante Sobre os deuses que dispõem dos seres.
Curvado no teu jazigo grandioso
Meu palpitar resvalava hesitante
Sobre o tempo que o silencio enobrece.
Em volta dos abertos braços negros
Do lenho que Abril a lápide enlaça
Há cânticos, flores e mil segredos
Há preces ao alto Céu por ti Graça
Da Maria mãe que á luz filhos destes
Que vindos não para fenecer de “graça”.
Se na tumba imóvel jazem fervores
Que no canto e na poesia revivificam.
Se em tua glória repousam brancores
Que o sadio e o falso da vida lenificam.
Deste peito varão incapaz de vacilar
Irrompe a flama para teu nome louvar.
Kaka barboza
Praia, 29-Abr-2011
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