segunda-feira, 31 de março de 2014

Floris d'Ibyago

BORBOLETA

 
Borboleta: não te afastes de mim.
Não te vás! Espera! Não te vás!

É franco o jeito do meu jardim,
Partida é gume que ceifa num zás.
 
Mariposa: que será o depois?
Daquela sombrinha no cutelo
Da ramagem sobre nós dois
Das músicas daquele sossego?

Borboleta: que dirá o Peregrino
Dulcífera emanação de canduras?
Não te vás! Espera! Não te vás!

Mariposa: que dirão os caminhos
Feitorados pelas nossas loucuras?

K Barboza

 

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