domingo, 29 de outubro de 2017

Poema de Denúncia





Outubro Três

Escuta-me sementeiro moribundo
Os meus versos não cuidam de ti
Vieram para denunciar ao mundo
O que restou do lugar e do que vi

No sope da coragem dos povoados
De Palha Carga a Achada Rincão
Há fauna gente e gado recurvados
Sobre o bater do próprio coração

Escuta-me ó verde do campo seco
Os versos são como grãos de areia  
Que viajam nas agulhas do vento

As folhas secas voantes no terreiro
Não são mortalhas nem melancolia
São refrões no batucar do guerreiro


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RAPIZIUS

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