segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Espelho d'Àgua Em Arcos de Pedra em Poesia







e assim termina a coletânea de poemas Espelho d'Água em Arcos de Pedra


XVI

sob o escasso verde
                        o seco sobe
                           e sabe a água

sob a excessiva sede   
                      o róscido desce 
                           e sabe a gáudio

domingo, 29 de outubro de 2017

Poema de Denúncia





Outubro Três

Escuta-me sementeiro moribundo
Os meus versos não cuidam de ti
Vieram para denunciar ao mundo
O que restou do lugar e do que vi

No sope da coragem dos povoados
De Palha Carga a Achada Rincão
Há fauna gente e gado recurvados
Sobre o bater do próprio coração

Escuta-me ó verde do campo seco
Os versos são como grãos de areia  
Que viajam nas agulhas do vento

As folhas secas voantes no terreiro
Não são mortalhas nem melancolia
São refrões no batucar do guerreiro


sábado, 28 de outubro de 2017

Poema Melancólico



Outubro Dois

Foi-se embora deixa abatimentos
saqueia o lugar deixa brumas  
instala no pasto o preço do gado

nos furações a chuva apodreceu
ficou poeira nos olhos da garça
de tão seco e duro o cabo enxuto

é facílimo proclamar esperança
de cada vez que a vida esvai-se
sob o arbitrário poder de deus    

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Poema de Desespero




Outubro

O calendário e seus acenos com o passar dos dias
deixa cenas hesitantes
recados invisíveis
nas caves de outubro e seus armários.

O vento no cimo dos montes com o passar das horas
traz no rosto águas hibernada
e na praça oferta-se gado e carne ao desbarato.

O camponês e seus lamentos com o passar das noites
deixa palavras reditas
rogos aflitivos   
aos altares despidos de santos e vigários.

Enquanto isso…
o verde morre deus foge e tudo fica mascarado. 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Prefácio da obra Gruta Abençoada


NOTA DE LEITURA

Boa Entrada é tudo menos lugar erótico, mas, sim, uma ribeira exótica e cativante, situada na margem direita da sede da padroeira que dá nome ao Concelho de Santa Catarina, parcela de bela paisagem, ribeira de muita vida e de muita história, guardiã de ricas tradições, de trapiches, de cultivo e de figuras notáveis, enfim, chão de cantadeiras, de músicos, de poetas, de artesãos e de gente renomada. Eis que desta típica ribeira emerge para a literatura cabo-verdiana a aluna prodigiosa, que cedo despertou-se para a vida e para a busca de saberes, próprio dos filhos deste chão. A nossa aproximação deveu-se, talvez, à música e á poesia que faço, facto ocorrido em 2013, período em que a conterrânea Artemisa Ferreira formara-se em Tecnologia de Informação e Comunicação e preparava o Mestrado em Realização Cinematográfica e Televisão, altura em que tive o privilégio de ter em mãos o caderno de poemas da sua autoria. Impressionou-me no imediato a ousadia da linguagem, o tratamento poético dado ao erotismo crioulo, o estilo e a descrição inesperada, tudo a ver com a essência do amor, com o dom femíneo, com a desmistificação do corpo e do sexo, onde a transfiguração do real é explorado com paixão e arte.
A colectânea, Gruta Abençoada, em avaliação contém um ciclo de poemas em que o erotismo é assumido como seres á procura da realização de seus desejos num mundo de ardência constante, único, ante a verdade que a sustenta e a mística da gruta donde tudo parte “Faminto os veados escorregam no abismo da paixão”. A autora presenteia-nos com uma obra rara na literatura das ilhas, justo pela forma como desmascara o corpo e alivia os gestos e os apetites eróticos, elementos usados como símbolos munidos de inquietudes, de momentos excitantes e de sentido extranormal, de vitalidade discursiva, onde o fascínio e o fantástico viajam pela Gruta até o fim do caminho, até a impalpável labareda, onde o trânsito das palavras e o seu vínculo na folha em branco, abandeiram-se em textos sem precedentes, onde o ineditismo, o absurdo das sentenças e a ousadia dos propósitos sobressaem de forma desabusada conferindo arrojo e legitimidade á escrita erótica tal qual ela se nos apresenta “O leite que jorra gesto/ Nos lábios não murcha. Enquanto o gosto cheira/ O paladar consome / O queijo salgado no palato”.
Os poemas são repletos de vida e de sensualidade. “Deixa-me amar-te à flor da pele/ Deixa-me amar-te em gotas” versos dando vida à eternidade do amor, onde o poeta apropria-se do físico, explora-o e livra-se dele em linguagem cuidada expondo o “nun prit” da própria alma “Despe a pele morna que o espirito sustenta”, metamorfoseando o real em inautêntico, dando rumo à perseguição do desejo de amar e ser amado, ateando o fogo erótico, aliciando a morte do possesso para a Gruta Abençoada “Deixa-te ressuscitar nos meus traços”. São de ânsia e de agonia do tempo erótico o respirar profundo de cada verso. São percursos que ganham alcance poético na linguagem extrovertida e na prudência em diferenciar as fronteiras entre o erotismo e a pornografia, optando, a autora, por uma não confusão entre uma e outra coisa. Em toda a narrativa o sexo não conta como órgão pujante, mas como fonte de ardência poética, “Deixa-me amar-te assim, nua, quente e fértil” onde o tacto, o corpo, o amor, o desejo, o folego, o cálice, o anoitecer, o despertar, o leito, a sensualidade, a linguagem e o próprio sexo ardem como candeeiro único, para a salvação do amor verídico, aquele que debitamos a quem amamos de verdade, a quem o sexo é revelação do amor e algo natural praticado pelo par amante do amor.
Eis um dos momentos cativantes da poética de Artemisa Ferreira, onde tudo o que vive se esvai no extasie e na nudez da gruta:
Agarras-me aqui / Bem aqui / Apalpas-me assim …assim
Seguras-me a língua / – Empresto-te o paladar
Suga a seiva embriaga-te em mim / Pedes-me os pedaços
Dou-te os caroços… enfeitiça-te em mim.
Os poemas da presente colectânea são manifestamente poemas de amor, sendo a obra o escrutinar do arrojo de um começante e estreante nas lides poéticas, definindo-se a autora Artemisa Ferreira como pessoa de imensa beleza interior e de espírito inventivo, quiçá, pioneira da poesia lúbrica actual das ilhas, livro que vale a pena ter, ler e apreciar até o último momento.
Pela amizade e pela cumplicidade fica esta nota, símbolo do meu apreço e gratidão pelo ensejo de figurar no pórtico desta bela e complexa obra.
Minhas sinceras felicitações.

Kaká Barboza    

RAPIZIUS

   

As Medalhas e o Dia da Cultura
          Briosas brilham no peitilho do meu casaco minhas medalhas, doiro como dentes do milho da terra. Elas são a jubilação clara duma idoneidade revalidada, talvez, pela simples condição de meus cânticos jamais choveram desamor e hipocrisia no chão da nossa história.
Homenagear, louvar, distinguir e condecorar, são formas patentes de exaltação da moral e da vida de uma nação e, quem as promove executa um dever cívico e nacional. Celebrar com decência outros homens pela dignidade dos seus feitos ou das suas obras é um acto de cultura e de elevado sentido patriótico. Ao se elogiar e agraciar os dignos destes símbolos está-se a dar, seguramente, um passo colossal na elevação do espírito, da moral e da auto-estima dos homens e das mulheres da nossa terra, está-se a conferir reputação aos cidadãos que se destacam pela lucidez e criatividade. Outra coisa é charme político e encenação na esperança de se branquear as chagas dos poderes instituídos.
            É no povo que reside a parte mística e a parte moral duma sociedade, é nele que devemos inspirar para produzirmos as obras que o ajude a formar-se e a reformar-se. É formidável a máxima: dento di alguen k’é alguen, dito popular com conhecimento casuístico; formulação simples mas de forte e profunda significação, dentro de cada pessoa mora o sinete configurador da sua conduta e da sua maneira de ser e de se relacionar com os outros, é onde somos nós, em nós mesmos.
            Os nossos camponeses, antigamente, para provarem o seu reconhecimento e gratidão para com a pessoa prestável oferecia ovos, frango, cereais ou legumes, cabrito, bezerro ou leitão, gesto que funcionava como tributo àquele ou àquela considerada pessoa de bem e estimada na comunidade, ofertas tidas como distinção porque grande o seu valor simbólico, porque plenos de afecto e de sentido humano. Quantas professores ou professoras não receberam dos seus alunos ou dos seus pais estes pequenos tributos em sinal de reconhecimento? Não é por acaso que no momento da declaração de amor sincero à mulher escolhida o homem rebuscava na natureza a exacta comprovação consubstanciada em três pés de Banana Tunga, um para ela, um para o próprio e outro para Senhor Deus lá no céu, justamente, bananeira, planta imperecível, útil e duradoura.
            A pessoa bem notada é aquela que enxerga o valor das coisas, dos homens, dos animais e das plantas, caso contrário não passa de um desatilado que consegue jamais avaliar o chão do seu tacão quanto mais avistar o tempo, o momento e o ambiente que o rodeia.
Sabiam que dagúma significa: afável, gentil, dócil, cortês etc.
           


terça-feira, 17 de outubro de 2017

RAPIZIUS




            Adivinhem!

O Boeing dos TACV gemia em pleno espaço em direcção às ilhas. Estou a três horas de Boston no seat five B, cinto deslaçado, descalço e encostado à almofada. A cabeça tinha ficado em Randolph, Roxbury, Milton, Dorchester e Brockton, com os amigos, cinco espaços de múltiplos abraços, cinco belas lembranças: Aquário, Biblioteca de Boston, Prudential Tower, Katy Circle e Milton . Many thanks again and again to all friends. Acomodei-me no assento, tirei da pasta o bloco e comecei a rascunhar palavras de agradecimento para os amigos. O tempo passava devagar. Meu corpo molificou e fiquei á deriva. De repente dei conta que estava numa sala cheia de gente, onde decorria uma reunião. O primeiro orador, frenético, insistia em falar de coisas que as pessoas não se mostravam dispostas a ouvir, mas que o orador considerava esplêndidas. Senhor Saltão, queira terminar, por favor. Agora é a vez do Senhor Ratão, disse o apresentador. No entanto, a secretária começou por ler o curriculum do Sr. Ratão, quando uma voz grave modificou o ambiente fazendo parar a apresentação, deixando tudo como no princípio. Um sujeito bem composto apareceu e com uma certa autoridade foi afastando os da frente até chegar ao lugar onde a mesa estava constituída. Todos se interrogavam sobre o que é que esse homem ia fazer. Em posição, pediu e deram-no o microfone. Meus senhores, atenção, vou colocar dois pontos para a vossa ponderação. A minha Doutora morreu por falta de Doutor. E agora? Como arranjar uma nova? Foi-se a fêmea e ficou o macho. Como arranjar outra? Não éramos casados. Mas ela era minha fiel companheira. A sala silenciou-se. Não se sabia o que dizer. Porém, da última fila, uma senhora fina e elegante, trajada de peças multicores, com um macaquinho ao colo, avançava entre a assistência a gritar. Deixem-me passar. Por favor deixem-me passar. Aqui dentro está montes de Dôtor, por acaso algum é veterinário. Não desejo que o meu companheiro tenha a sorte da Doutora. Em lugar do silêncio, gargalhadas e apupos tomaram conta do lugar.
Uma jovem senhora, simples e sorridente, carinhosa, saiu da multidão, apoderou-se logo do microfone, disse com ternura na voz: amigos, alegra-me estar aqui no meio de gente ilustre. Todos sabem que homem é um animal intelectual de intestino longo. Sabem qual é o ser sem intestino? Piolho. Disse alguém! Corrigiu a senhora. Ninguém acertou. O silêncio foi cortado por ela mesma. Corvo! É corvo, gente. É um ser sem intestino. Come, defeca logo! O zuído na sala parecia motor de avião. Cansado naquela posição, endireitei o pescoço e acordei. Os passageiros dormiam enquanto o lusimento trazia o alvor, para dentro da cabine. Subi a cortina da janela. Quatro horas depois, a hóstia laranja voava, devagarinho, da sua jangada de sono, sorvendo o escurinho e lá em baixo umas pintas acastanhadas em série emergiam do mar. Adivinhem!

sábado, 14 de outubro de 2017

RAPIZIUS

                                                          

      BOAVISTA A PEDRA TRÊS
  
Logo nos primeiros dias de Fevereiro de 1966 parti para a ilha da Boa Vista mobilizado pelo Técnico de Obras da Junta Autónoma dos Portos, Manuel Barbosa, meu tio, para trabalhar como apontador nas obras de recuperação do cais de madeira do porto de Sal Rei. O barco de pesca Fada da Ultra - Empresa de Transformação do Pescado - transportou-nos juntamente com o material, cimento, ferro, pregos e madeira para os trabalhos de reparação do cais de madeira. Dona Clarice -  Nha Cakish – deu-nos de arrendamento um quaro grande no primeiro piso onde morava.
 Em pouco tempo já era conhecido de muita gente, principalmente, dos trabalhadores, homens e mulheres, de resto a reduzida população da ilha favorecia a aproximação entre as pessoas de forma rápida. O facto de ser eu a fazer a chamada ao ponto e proceder pagamentos ao pessoal era normal que assim fosse. Outrossim jogava o futebol e ingressaram-me no Benfica de Sal Rei. Com o mar à porta aprendi a remar, a nadar e a gostar mesmo do mar. O areal era infindo, limpo e imperava o sossego.
A terra era seca, rasa e de muito sol. Cedo, a paisagem da ilha convidou-me a perceber quanto determinado era o boavistense, quanto corajoso ele era e o que é que teve de suportar para sobreviver, fazendo das dunas o seu cavalo de esperança e da aridez o bordão do sustento, premissas que moldaram um jeito de estar, de ser e de se relacionar com a natureza, um proceder que influencio a sua maneira de compor, de cantar, de dançar e de se manifestar quer nas praticas domesticas e nos festejos populares, cultura bem diferenciada da das gentes das restantes ilhas do arquipélago. A ilha da Boa Vista influenciou bastante a minha juventude, marcando fortemente a minha forma de tocar violão. Era raro não haver no fim do dia de trabalho tocatina entre amigos. Eu morava bem perto da casa do Sr. Gregório, pai de Herculano Vieira, do Dança e da Maxencia, todos eles tocadores de violão. Quase todos os rapazes da vila eram violinistas. Aos fins-de-semana era serenata ao luar, pois, não havia luz eléctrica nessa altura.
Anos depois, pisando o mesmo chão, revendo a mesma casinha de madeira ali no cais antigo, de olhar ancorado na mesma baía, o longínquo trouxe-me o inolvidável, as gentes de outrora Nha Clarice, Nha Guidinha, Nh’Aguinólde, Vaiss Carpinteiro Naval, Fulim, Nhófa, Dansa, Nery, Bia, Fidélia, Mestre Marcos, irmãos Da Cruz e Fausto Rosario, Firrin, Rosário, Nhunguin, Txunkin, Firmino, Mestre Djon de Ti Pól, Noel Fortes, Ultra, Alfandega, Loja Dona Irene (hoje, Dona Hirondina), os botes carregados de peixe escalado vindos das Gatas e os ensaios do Carnaval no quintalão da Ultra. Anos depois, o sentimento era igual, mas a realidade tinha mudado completamente. Na ilha da Boa Vista, a terceira em dimensão no conjunto do arquipélago, fervilhava a nova era, a dos andaimes e a das grandes construções, a da procura e das migrações, a do aumento populacional, a da edificação da futura cidade de Sal Rei. Além, um pouco para interior a Ribeira do Rabil, a mais virgem bacia hidrográfica das ilhas, o casamento das covas com as sementes, anuído pela gota-gota nas parcelas agrícolas, era oiro sobre o índigo, as grandes obras  em curso, o Aeroporto Internacional do Rabil, de amplo tapete basáltico listrado de branco, era a porta de entrada para os visitantes, os hotéis de grande porte eram, adentro da perspectiva de valorização e revitalização da ilha, acréscimos formidáveis. Vislumbrava-se um futuro promissor, onde o revigoramento das tradições culturais da ilha, acções de redescoberta dos bens culturais e patrimoniais, trunfos fortes a serem trabalhados e exibidos aos forasteiros, àqueles interessados num turismo pacífico, da busca de informações, do conhecimento da história, das figuras destacadas, dos lugares com nome, das curiosidades locais, dos costumes, enfim da identidade de um povo, como disse antes, que fez das dunas o cavalo de esperança e da aridez o bordão do sustento
Boavista está-se desenhando como uma forte região de Rota Turística, mas, para isso acontecer de forma equilibrada e rentável, o poder local terá de ter muita lucidez, muita capacidade de trabalho e de gente capacitada para vislumbrar caminhos a seguir, o que obriga a uma acção inteligente nunca a reboque das modas copiadas para satisfazer pressões e interesses políticos imediatos em detrimento da avaliação correcta de cada projecto e de cada medida a implementar-se. Fala-se em todo o lado: temos potencialidades. Mas a questão é como transformá-las em ofertas e produtos de consumo de qualidade. Turismo não é banhos de mar e pisar praias arenosas e limpas. É antes um fenómeno que gera em si um vaivém de gente de latitudes e culturas diversificadas, de diferentes modos de falar, de estar e de actuar, com aspectos positivos e negativos a impender sobre a realidade física e humana da localidade onde é exercida. Importa reflectir sobre o que tem interesse para vida dos naturais, numa palavra que ganhos de futuro. Muitos vêm no turismo uma espécie de prancha de redenção para muitas das actividades artesanais moribundas, porém, outros pretendem apresentar artefactos imitados como sendo escultura nacional para o consumo dos visitantes.
Que ofertas devem ser trabalhadas para contrapor este estado de coisas?
Agendado estão a preservação dos objectos, do património construído, da cultura urbana, da cultura rural, das artes e dos ofícios tradicionais e um conjunto de coisas, mas não há orçamento, se ele existe desaparece em acções demagógicas do chamado apoio social, enquanto os criadores das artes sofrem do desgaste e da perca do entusiasmo.
A criação do ambiente favorável através de afectação de recursos, medidas legais e administrativas, acções de formação e de promoção das artes é obrigação constitucional, é um direito dos criadores, é obrigação e não favor ou favorecimentos. O papel do sector público e do privado na promoção do turismo, deve ser o mesmo na promoção e protecção das artes e dos seus criadores; a contribuição da comunidade local no desenvolvimento do turismo deve ser a mesma devida à cultura; o bom turismo, os impactes sócio cultural deste, o turismo como agente de mudança sociocultural, os impactes culturais do turismo, o desenvolvimento do turismo cultural, são matérias que estão no âmbito do achismo, ficando por descortinar o que é relevante e como encaminhá-lo. As equipas camarárias, todas elas, tinham de deslaçar da apatia e lançarem-se na criação de ideias motivadoras dos seus munícipes, na criação de redes de promoção e de divulgação da imagem social das localidades, na equiponderação das valências em resultado das transformações que vão tendo lugar, para melhor poderem sugerir caminhos a seguir.              
Valeu muito a estada na ilha pedra três do triângulo da minha existência. 
À Yléh do deserto de Viana um beijo do peregrino.
Sabiam que arrabil é nome da antiga rabeca pastoril de origem árabe.  

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É interessante esta mesa violão com a garrafa do vinho na fonte do som e a tentadora taça de cristal a coroar o belo objecto de decoração, a mesa. 
Mas senti-me tocado, altamente ferido, ao ver os braços dos instrumentos partidos lá onde doí a sonoridade das inversões dos acordes. 
Doeu-me o entorse da décima segunda escala onde o Mi esgota-se na sua oitava. 
É como estrangular na pauta a clave de Sol ou do Fá a sílaba que dá inicio à uma canção...claramente, senti dores nas articulações.

RAPIZIUS

                                                                                                         MINHAS AMIZADES COM DIAHO ...