JANEIRO EM FESTA CONTINUA
Nada me faz recuar perante a ideia de que em CABO VERDE a
dimokransa instalada com o 13 de Janeiro é uma grande verdade histórica. Nós
todos viramos sabidos.
Tão verdade que o povo e CV é primeiro em tudo. Mas é o
último a dar conta que nos encontramos numa absurda encruzilhada rodeada de
parques de interesses, de negócios bonitos, de propaganda, de bazofaria, de
desnorte, de demagogia e de populismo e de mentiras.
Os partidos políticos, casa dos "rabidantes
políticos", construíram uma espécie de pórtico azul arrogante e chamam-no
Porton di Nos Ilha, orifício de acesso à liberdade, à felicidade para todos, ao
crescimento, ao emprego, à internacionalização, à regionalização, essas coisas
que assentam bem no tipo de propaganda politica do tipo chamar aves de capoeira
ao galinheiro.
POIS, 2018 vai ser o ano ventoinha, ano da bipolarização
azeda, ano dos julgamentos, ano das intrigas, ano de caça, ano da queda da
imunidade, ano da filtragem da informação pública, ano de acabar o ano bem,
pondo gente de colarinhos brancos na cadeia, ano preparatório: um, manutenção
no poder; dois, deixar a oposição; ano em que o que estará em causa é o poder
não mãos de quem! E sabemos o resto da história.
As classes acima do salário mínimo vão se aproximar do muro,
para, no momento exacto darem o pulo, primeiro em cima do muro, conforme andar
a roda das siglas hão-de pular para o lado seguro. Os serviçais e empregados
vêm aumentada a folha de salários, (mesmo que não os receba) os deputados
regressam à nova sala, o governo já é novo, Mindelo tem governo, a Unicv terá
um novo gerente, o mercado com novas regras, os taxistas novos estatutos, a
policia boca calada, os reclusos bem da vida, o resto que não mencionei nas
tintas porque sair da encruzilhada é como mamar no ovo do bode.
E viva a Dimokransa.
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