Contente espaço cantante
Como repenicar de pássaros
Que no varandim do tempo
São abstracções e paisagens.
Ó terra corpo que esbraseia
Cada esquina da tua pele
Cada desenho do teu gesto
Cada curva do teu perfume
Cada sombra do teu trânsito
Cada música do teu sossego
São aprovações e néctares.
Ó fonte d’água desfalecida
Cada colorido tombado
Cada levada desarmada
Cada semente agonizante
Cada inquietude do pardal
Cada espera apodrecida
São desninho e privações.
Mesmo que o falecimento
Apague o rasto do lavrador
Que te tratou e te semeou
Não acaba aqui o sonho.
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