TERRA DE ABERRAÇÕES
O debate que está sendo feito sobre segurança no país peca
por ser um debate politizado, quando devia ser um debate técnico e baseado em evidências.
A conversa decorre sob o já sabido - politicamente correcto -, tanto por parte
da posição, como da oposição. Não se fala em crise de autoridade em várias
esferas do poder (entenda-se poder como exercício e intervenção dos actores
políticos e agentes institucionais), dizia, não se fala no sistema de corrupção
que estimula a bandidagem do colarinho limpo, não se fala em acção repressiva
com medo de ferir susceptibilidades, enfim, há falta de autenticidade na
avaliação correcta dos factos, privilegiando-se, constatações e comparações
desajustadas.
Para mim, ter
segurança é garantir por todos os meios que ninguém faça uso da sua liberdade,
para castrar a liberdade do outro. Na construção do humanismo tem de haver
vítimas, não importa a condição social de quem dela se afasta ou se desintegra
por seja quais forem as razões. É o estado através das suas instituições e
dirigentes responsabilizados a fazerem cumprir com rigor e justiça as normas
que garantam aos cidadãos a sua livre circulação e ao gozo do seu direito à
vida digna e em paz. Qualquer perturbação desses direitos devem merecer acção
adequada DOS PODERES PÚBLICOS, doa a quem doer.
Tolera, tolera ta gera asnera.
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