RAPIZIUS
Já ouvi e encontrei a Osga Rosa no seu lugar de costume.
Onde, não digo, para não haver sequestro. O meu dia começou bem, com a opereta
matinal da Rosa Barbosa, sugestão da Profª. Gabriela Mariano.
Ora bem. Tenho estado a ler a opinião de políticos, 1/2
políticos, ¼ políticos, x/4 políticos sobre diversas matérias e sobre diversos
aspectos que nos tocam, aqui na CV Lândia.
Para mim isto é assim:
Os políticos são como o Fogão Primo. Eleitos, são cozinha lavada,
espalha fogo novo, bico novo, sola nova, petróleo coado, fogão limpo com solarina,
desentupidor novo, ficando o fogão brilhante e cheio de esperança.
Depois, detesta-se o fogão e a cozinha e almeja-se tudo novo
em folha.
Depois, fazem, fazem, fazem… e diz-se estar tudo na mesma.
Depois, falam, falam, falam … e olha-se para o lado oposto.
Depois, dizem pouco ou calam-se… e adormece-se como
galinhas.
Tudo, porque aqui só se fala em desemprego e em dificuldades.
Tudo, porque aqui parece ser pátria do paternalismo.
Não se fala em trabalho e na valorização do trabalho. Contrariamente,
na diáspora, trabalho é trabalho, intervalo é outra coisa.
Aqui a indiferença e a tolerância, por um lado, o
paternalismo e o populismo, por outro lado, é doença colectiva que não deixa o
indivíduo libertar-se por completo, descomplexar-se e encontrar-se consigo
próprio, para se erigir como entidade pensante e autónoma e se auto transformar
no tão falado cidadão laborioso. Ser arrojado é sentir-se autónomo. Fala-se muito
em autonomia e empreendedorismo, o mesmo que auto empoderamento. Tretas. Ninguém
é obrigado a dar trabalho a alguém. O trabalho procura-se e faz-se por conta própria.
Enquanto o indivíduo se achar escravo do trabalho, enquanto não abraçar a
profissão que escolheu e dominar o seu ofício, atola-se em lamúrias, ficando á
espera do APOIO dos outros.
A minha OSGA é autónoma e só tem o meu respeito e carinho.