Este cheiro
do sovaco do quente do sujo que o olho do sol
espalha pelas ruas do olfacto
são línguas virosas inscrevidas
no rosto anónimo da cidade.
Este cheiro
do buraco ardente do sujo que o olho de lua
prateia nos areais
são linguagens registadas
no corpo de posturas da cidade.
Não há tronco
que o suporta nem pedras majestosas
que aguentem
o colo incauto dos cérebros
desprovidos de caminhos
e de missões cívicas.
Amanhece
e os sorrisos da azágua submetem-se à enodoação.