Sim ou não este dito, fica esta lavra.
“Não há fogo no inferno, Adão e Eva não são reais" (Papa
Francisco)
O Papa Francisco e as suas reflexões actuais sobre o Vaticanismo
e o catolicismo no mundo são pertinentes ante os reptos actuais do Homem. Lembra
Nhô Naxo. A este, ainda hoje, atribui-se-lhe ditos que nunca proferiu e com o Papa
vem acontecendo o mesmo e estreia-se como legendário.
De facto a ser verdade a declaração da inexistência do fogo
do inferno é o mesmo que branquear Diabo e seu habitat, onde almas indignas da
fé eram remetidas pelos ministradores da doutrina do mistério da fé. Basta ver
que as infernais cadeias, as penitenciárias de outrora, são, hoje, espécie de parques
de recreio, em resultado do culto aos direitos humanos, erigido em anúncio utilitário.
Por conseguinte, sendo humano ou não o Sujo, limpa ou não sua fé, o moderno garante
a coabitação de Deus, Diabo, Santos e Pecadores no mesmo salão do paraíso. Para
mim o inferno existe. Só que subiu de posto. Ele é o nosso rosto. A sociedade
das nações comporta o inferno real e moderno de que o Papa Francisco, talvez,
por prudência, não fala e não falou.
Conquanto a Adão e Eva. Não é real o casal que simboliza fidelidade
eterna, Adão e Eva, duas figuras petrificadas e alojadas num cabeço fendido da
serra do Pico de António, observado da minha Assomada-cidade, vista única, figuras
míticas do imaginário santacatarinês. Adão e Eva são e serão reais para todo o
sempre.
Que acabe o inferno em que se vive na terra hoje em dia, mas os donos do
paraíso das nossas origens nunca, eles são a pele primeira da emancipação do
homem.
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