FERE OUTUBRO P’RA
VALER
Fere Outubro p’ra valer a alma
Abre um vão entre pedra e mar
Não sendo o mesmo o sal do Sol
Que no pilão o amor em ais põe.
Roí e mói a doída canção à alma
Que dói no Lá Bemol do bronze
Que de nívea nem janela nem luz
Nem atira nem cala a dor de amar.
Se ainda há cânticos celebrando
A pedra que Outubro fere e
injuria
O gostirado de tanto amar impera.
Se ainda há carreiro de ida e
volta
Que chama Outubro destruir quer
Do ibyago refloram odoríficas
fés.
Praia, 13.10.13 – Kaká Barboza