Fonte: JORANAL DA HIIENA. MUITO GIRO.
A BIGORNA DURA MAIS QUE O MARTELO
Claro que todos nós possuímos uma ponta de malcriadez dentro, para sair na hora certa.
Burro la undi ki é dabu kôxi é la ki bu ta xinta-l pó. É uma máxima de Santiago. A malcriado responde-se com malcriadez. Seja quem for e onde quer que seja.
Fui interrompido abruptamente pelo malcriado Dr. deputado Djon Djini do MpD que se assenta na fila atrás de mim. O Presidente da Mesa advertiu-lhe que não lhe tinha passado a palavra, e que não interrompesse o orador.
Ele continuou, desonrando o Presidente da Assembleia com palavras e gestos, coisa não vista e nem ouvida porque o micro dele estava fechado. Limitei-me a dizer É PA DÁDJI NA EL?… ou seja é preciso bater nele para se calar?
Nisto o Deputado do MpD ao lado – Clemente Garcia - ameaçou-me com uma cadeirada, também não ouvido por não ter o micro aberto. Respondi-lhe na mesma linha pondo-me no ar para todos os ouvintes. Este deputado ameaçou-me ainda de que ele é badiu, como se ser badiu categoriza-lhe para ser um valentão. É estranho isso. E foi isso. Orelha e juizo de cada um.
Posto isto, o Liberal Site tomou conta do assunto (embora truncado, mas é o que lá esta) e deu no que deu. Um episódio que teve o impacto que teve como demonstram as reacções havidas no seio da família emepedemia, tanto mais que os comentários de toda a sorte feitos a meu respeito (15 páginas imprimidas) dizendo coisas incríveis, ilustra a estima que tem por mim. Mas, saí engrandecido, e enriquecido o meu curriculum.
Se eu fosse um narcotraficante, de mim nada diriam, temendo represálias. Todos os que me agraciaram com o charme das suas palavras são católicos e crentes em Deus, impolutos e filhos de boa gente. Se calhar não sabem que sou descrente e sem Deus. Que prefiro ficar e morrer com o Diabo do que juntar-me a eles, ajoelhar e curvar ante o seu altar. Prefiro ser este famoso malcriado do que ser desleal.
Pois, com esta alma fria que hoje possuo, esfriado pelo tempo que corre e pelos anos de vida que sobre ela pesam, entenda-se, uma alma fria que nem um mosquito venenoso, jamais sinais odiosos a convence.
Continuo por aí, andando os meus pés por este chão profanado, a fazer o que devo fazer e a dizer o que tenho para dizer ciente de que vivo o meu ciclo. Um dia, sim, terminarei a minha aventura pelas ilhas, e quando acontecer, aconteceu. E não quero labregos em meu redor, nem badius nem sampadjudos kul. Gente amiga apenas.
Mas creiam em mim. Não sou malcriado. Rebelde, sim. Intolerante às vezes. Até lixóde pa kagá. Mas louco pelas minhas convicções e maneira de ser.
A hipocrisia que aqui se vive fez alojar num canto da minha cabeça a mania de feder tanto depois de morto, que nem DEUS nem Diabo passarão por perto para enxergarem a minha identidade.
A estrada para o inferno está calçada de boas intenções e não será por aí o meu rumo. (Kb)